Com o objetivo de aperfeiçoar a atuação da Guarda Civil e mostrar a importância da Ciência de Dados para a área da segurança pública, foi promovido, na última quinta-feira (3/3), um seminário para apresentar a metodologia, atualmente, empregada no tratamento das informações registradas pelos agentes, bem como os dados estatísticos resultantes desse processo.
O seminário foi ministrado pelo guarda civil Jairo de Oliveira Cândido, que faz parte do corpo técnico do Setor de Inteligência e Estatística da instituição. Na primeira parte da apresentação foi destacada a relevância do uso de ferramentas de linguagem de programação, georreferenciamento e criação de dashboard para obtenção de dados estatísticos.
No segundo momento, foi descrito como esses dados estão organizados: qual a natureza do crime patrimonial, qual o percentual de incidência por região e por equipamento público, além de dados sobre a produtividade da corporação.
“Implementamos esse trabalho na expectativa de construir indicadores sólidos e modelos preditivos, que possam balizar nossas ações e orientar nossos gestores no processo de tomada de decisão e elaboração de políticas públicas no campo da segurança. A intenção da Guarda Civil de Contagem é aprimorar a qualidade dos dados, aliando ferramentas convencionais com técnicas de análise criminal”, explicou Jairo.
Para a subcomandante Anita de Carvalho, os dados apurados irão contribuir para traçar estratégias e formas de atuação. “É um estudo minucioso, técnico e feito pela primeira vez com essa riqueza de detalhes. Contudo, estamos em fase de aprimoramento, por isso, reitero a importância do preenchimento correto dos Registro de Ocorrências-RO’s e de atividades pelos agentes que estão em campo, na ponta, pois esse registro interfere diretamente na apuração de dados e na criação de planilhas”, ponderou.
Já o comandante Wedisson Luiz lembrou que essa atuação focada na Ciência de Dados, além de ser um desafio, está entre as prioridades da gestão. Segundo Wedisson, assim como a valorização profissional, a saúde do trabalhador e a capacitação, a questão da tecnologia está prevista no plano de metas. “Hoje temos que estar inseridos em um contexto consistente de tecnologia. Sem meta você alcança qualquer coisa, menos objetivo. Além disso, queremos que as pessoas nos ajudem a pensar a instituição. Somos um time e, se o time não jogar sincronizado, a gente não vai avançar, não faz gol. Neste ano, desejo que possamos ser campeões”.
Também presente, a secretária de Defesa Social, Paola Soares, fez questão de enfatizar que o registro correto e o tratamento da informação são essenciais para executar um trabalho qualificado na segurança pública. “Para eu tomar uma decisão, eu preciso ter argumentos e dados que me respaldam. Então, essa preocupação com a gestão da informação e com a organização, análise e interpretação dos dados ficará como um legado. É obrigação nossa ser capaz de dizer das dinâmicas criminais e locais; falar da juventude, dos territórios; das possibilidades de prevenção e de atuação comunitária, na expectativa de fomentar uma cidade mais segura e humana”, ressaltou a secretária, parabenizando os envolvidos na apresentação dos dados.
Repórter: Carol Cunha – Foto: Elias Ramos/PMC