A Patrulha de Proteção à Mulher da Guarda Civil de Contagem, por meio da Secretaria de Defesa Social, promoveu no dia 26/10 palestra sobre a campanha Outubro Rosa, com o tema; “Segurança com Prevenção”, no salão de uma igreja na Regional Sede. Participaram dezenas de servidoras da Guarda Civil de Contagem, do interior de Minas e de outras secretarias da Prefeitura de Contagem.
De acordo com a subsecretária de Defesa Social, Daniela Tiffany, foi um momento muito importante. “O evento destaca as mulheres da Guarda Civil, que é uma instituição predominantemente masculina, mais também muito atenta para as mulheres. Não só para as mulheres atendidas, mais também para as mulheres que trabalham na Guarda Civil, e isso é fundamental, porque começamos a enfatizar a pluralidade dessa instituição, chamando inclusive a atenção para um aspecto importante da saúde da mulher, que é a prevenção do câncer de mama e de útero”, afirma.
Outubro Rosa é uma campanha anual, realizada em todo o mundo, com a intenção de alertar a sociedade sobre o diagnóstico precoce do câncer de mama, compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença. Visa também proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento, e contribuir para a redução da mortalidade.
A mobilização visa também à disseminação de dados preventivos e ressalta a importância de olhar com atenção para a saúde, além de lutar por direitos como o atendimento médico e o suporte emocional, garantindo um tratamento de qualidade.
A palestrante Cristina Nunes de Lima é formada em enfermagem e servidora do Centro Sanitário Sede, trabalhando como referência técnica da atenção primária. De acordo com ela, o objetivo foi informar às mulheres a respeito dos fatores cancerígenos que estão mais em evidência no cotidiano, trazer informações para que elas possam prevenir e buscar atos de vida mais saudável e a realização de exames. “É de suma importância que as nossas guardas se cuidem, afinal de contas elas cuidam da gente. Todos temos inúmeras tarefas no cotidiano e elas ainda com o estresse de estar lidando diretamente com vários tipos de violência. Imagino que chegam em casa cansadas, cuidam de filhos, maridos e tarefas do lar, e muitas vezes, e por esses motivos, não comparecem a unidades de saúde para fazer exames de diagnóstico precoce de câncer que é de fundamental importância para a saúde da mulher”, conclui.
Iniciativas como essa são fundamentais para a prevenção, visto que nos estágios iniciais, a doença é assintomática. Dados do Instituto Nacional de Câncer estimam 66.280 novos casos só em 2020. A doença acomete uma em cada oito mulheres e cujo diagnóstico e tratamento ainda são rodeados de tabus.
Tatiene Simões, professora da rede municipal de Belo Horizonte deu depoimento emocionante sobre a sua luta contra o câncer de mama. “Foi um momento social para levar consciência, interação e buscar caminhos de cura. Levar essa informação para elas é uma vontade de que isso não aconteça com elas, mas se isso acontecer, que elas estejam atentas aos sinais e saibam das possibilidades e que existe vida após o câncer”, ressalta.
Durante o evento vários guardas foram agraciados pela coordenadora da Patrulha de Proteção à Mulher, Luciana Feliciano, que registrou que, ”temos que buscar o auto cuidado, ter um olhar sensível e humanizador sobre todas nós, prevenir o câncer é buscar uma vida mais saudável”. A secretária de Defesa Social Paola Soares, o comandante da Guarda Civil Wedisson Luiz e a subcomandante Anita de Carvalho, também participaram do evento.
Sobre o câncer de mama
O câncer de mama é um tumor maligno que ataca o tecido mamário e é um dos tipos mais comuns, segundo o Instituto Nacional do Câncer – INCA. Ele se desenvolve quando ocorre uma alteração de apenas alguns trechos das moléculas de DNA, causando uma multiplicação das células anormais que geram o cisto.
A importância da mamografia
Segundo o Instituto Oncoguia de São Paulo, diagnosticar o câncer precocemente aumenta significantemente as chances de cura, 95% dos casos identificados em estágio inicial têm possibilidade de cura. Por isso, a mamografia é imprescindível, sendo o principal método para o rastreamento da doença.
Para o jornalista e pesquisador José de Moura Leite Netto, que entrevistou cerca de 607 pacientes da faixa etária entre 35 a 74 nos, que tinham acabado de receber diagnóstico positivo. “O trabalho mostra claramente que as pacientes com mais acesso à informação tiveram uma detecção precoce, o que significa tratamento mais tranquilo e maiores chances de cura”.
O autor ainda ressalta a necessidade de aumentar o acesso aos meios de comunicação sérios. “É preciso ampliar a oferta de produtos jornalísticos sobre saúde, especialmente às classes sociais menos favorecidas”, diz.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) das 11,5 milhões de mamografias que deveriam ter sido realizadas no ano passado, apenas 2,7 milhões foram feitas. A diminuição acentuada do exame é um fator de risco para milhares de mulheres e um alerta para a importância da campanha.
Com informações do site https://www.roche.com.br/pt/por-dentro-da-roche/voce-sabe-o-que-e-outubro-rosa.html