O resgate de animais em cativeiro e em situação de maus-tratos tem sido uma tarefa habitual na rotina de trabalho dos agentes que compõem o Grupamento de Policiamento Ambiental (GPA) da Guarda Civil de Contagem. No sábado (19/6), durante patrulhamento preventivo, agentes da guarda encontraram um cidadão de posse de uma carroça cheia de pedras e entulhos, puxada por um cavalo que apresentava diversos hematomas, além de inchaço no dorso.
Segundo o chefe de grupamento da Guarda Civil, Fabrício Augusto, havia feridas visíveis ao longo do corpo e, ao tocar o cavalo, foi possível perceber que sentia dores. “Diante dos fatos, o autor foi encaminhado à delegacia de plantão e o animal destinado ao Curral Municipal para cuidados clínicos, tratamento e alimentação”.
No dia seguinte, no domingo (20/6), o GPA também avistou um indivíduo capturando dois pássaros silvestres. Após a abordagem, os agentes identificaram que se tratavam de dois canários da terra, sendo que um estava dentro de uma gaiola e o outro dentro de um alçapão. “À princípio, o infrator resistiu, mas depois, após conversa com a guarnição, ele se entregou. Ele foi conduzido à delegacia por crime ambiental, desobediência e resistência”, informou o chefe do GPA, Paulo Loureiro.
Na terça-feira (22/6), mais uma ocorrência. O policiamento ambiental da Guarda Civil resgatou mais nove pássaros silvestres criados em cativeiro, sem a devida autorização. Desta vez, a guarnição chegou até a residência onde os pássaros estavam após receber uma denúncia anônima.
De acordo com Loureiro, ao chegar ao local, a equipe confirmou a infração. “O suposto dono das aves não apresentou licença e nem autorização e, assim como os outros cidadãos, foi encaminhado à delegacia e às autoridades policiais. Já os pássaros foram direcionados ao Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras), em Divinópolis.
Conforme a Lei de Crimes Ambientais (nº 9.605/1998), quem matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente pode ter detenção de seis meses a um ano, e multa.
GPA
O Grupamento de Policiamento Ambiental da Guarda Civil atua nas atividades de prevenção e repressão contra crimes e infrações ambientais, dando suporte às ações dos fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Como exemplo, os guardas realizam apreensão e recolhimento de animais silvestres criados em cativeiros, sem autorização dos órgãos responsáveis, confeccionado boletim de ocorrência e encaminhando ao órgão público competente para os devidos fins.
Além disso, protegem e fiscalizam preventivamente as reservas ambientais da cidade, como lagos, represas e demais áreas protegidas, conservando os recursos ambientais, o patrimônio ambiental e as belezas naturais, coibindo e responsabilizando ações predatórias à fauna e flora do município.
Para denúncias, ligue na Central de Operações 153.