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Servidores da Educação visitam Comunidade dos Arturos e discutem sobre processo formativo

Ao todo, 20 servidores estiveram presentes na capela da comunidade.

Os servidores da Superintendência de Educação Básica (Educação Infantil e Ensino Fundamental), da Secretaria Municipal de Educação (Seduc), realizaram uma visita na tradicional Comunidade dos Arturos, na região Sede. O encontro teve o intuito de contribuir com o processo formativo dos assessores em Educação das Relações Étnico-raciais e Superação do Racismo.

A Seduc foi recebida por uma das lideranças da comunidade, a Rainha Goreth, que também é educadora. “Essa atividade é de fundamental importância, pois retrata a transversalidade e a capilaridade das políticas de educação das relações étnico-raciais. Para nós é muito importante receber a Seduc para falarmos do currículo da educação quilombola. É gratificante falar aos servidores a nossa história e tradição”, explica a líder e também professora, Maria Goreth Luz.

Ao tratar da superação do racismo e promoção da igualdade racial é de suma importância considerar os territórios das comunidades tradicionais que fazem parte da história de Contagem, sendo os Arturos os primeiros a habitarem o território. Trata-se de história viva que contribuirá para o processo de implementação das Leis 10.639/03 e 11.645/08 nas escolas. “Chegar na comunidade e receber a todos os servidores é algo que mexe com a sua cultura. Muito do que eu vi é valioso para lidarmos no dia a dia dentro da sala de aula. Não podemos ignorar a cultura quilombola e devemos reconhecer a sua história”, enfatiza a secretária-adjunta, Dagmá Brandão Silva.

Desde 2014, o Conselho Estadual de Patrimônio (CONEP) reconheceu por unanimidade a Comunidade dos Arturos como bem cultural de natureza imaterial, que constitui o patrimônio cultural de Minas Gerais. “A atividade surge da parceria entre as diretorias de ensino fundamental e educação infantil, que iniciou com o processo de construção de ferramenta para o monitoramento da implantação da educação das relações étnico-raciais nas escolas da rede”, finaliza a diretora de Educação das Relações Étnico-raciais, Direitos Humanos e Cidadania, Rosângela da Silva.

Reportagem: Leonardo Melo
Foto: Geraldo Tadeu
Publicação: 06/08/2018

Cuidadores de crianças com deficiência recebem capacitação no CER IV

A Secretaria Municipal de Educação (SEDUC), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, promoveu, na última semana, no auditório do CER IV, o curso de Capacitação para Cuidadores de Crianças com Deficiência. O evento abordou as quatro áreas da deficiência (auditiva, física, visual e intelectual).

De acordo com a superintendente de Projetos Especiais e Parcerias da Secretaria Municipal de Educação (Seduc), Ludmilla Skrepchuk, a capacitação é fundamental para os cuidadores, pois são eles que lidam diariamente com o manejo dos estudantes com deficiências.“A formação que está sendo oferecida no CER IV apresenta um arcabouço de informações e dicas para os cuidadores a fim de que possam melhorar a qualidade do atendimento dos estudantes nas escolas”, avalia.

Ainda, segundo Ludmilla, a capacitação contribui para a formação profissional porque, no processo de educação escolar, o pedagógico e o clínico não se dissociam. “ Para que o aluno com deficiência tenha uma boa socialização no ambiente escolar e também participe das aprendizagens, é importante que ele esteja medicado e frequente terapias. Enfim, esteja em um processo de reabilitação constante para que possa ter um bom desenvolvimento na escola”, destacou.

Durante a capacitação, a fisioterapeuta, Aline de Oliveira, discorreu sobre conceito, causas, tipos, principais doenças e como lidar com as pessoas com deficiência física. “É mais uma conversa para sabermos quais são as dificuldades e os desafios, quais os manejos e como os cuidadores podem ajudar as crianças”. Para a cuidadora, Tamara Oliveira, o curso foi instrutivo. “Aprendi muitas coisas importantes e tirei muitas dúvidas. Agora, que entendo mais das crianças com deficiências, vou poder ajudá-las com mais precisão”, explicou.

O curso ocorreu entre os dias 22 e 25/7. Foram capacitados cerca de cem profissionais, divididos em quatro turmas. A capacitação foi promovida para cuidadores que acompanham os estudantes com deficiência nas escolas municipais e nas unidades de educação infantil (Umeis).

Reportagem: Lorena Campos sob supervisão de Lucas Santos
Foto: Lucas Santos
Publicação: 02/08/2019

Escola Municipal Estudante Leonardo Sadra celebra obras de reforma e entrega de uniformes

O evento marcou também a finalização da distribuição dos uniformes nas escolas da cidade. Até a próxima sexta-feira (12/7), último dia de aula antes do recesso de julho, todos os estudantes devem estar com as peças em mãos.

A Secretaria Municipal de Educação (Seduc) promoveu na Escola Municipal Estudante Leonardo Sadra, na Regional Sede, uma entrega simbólica das obras que iniciaram intervenções no início de janeiro e foram concluídas no final de junho. O investimento foi de aproximadamente R$ 420 mil. O evento marcou também a finalização da distribuição dos uniformes nas escolas da cidade. Até a próxima sexta-feira (12/7), último dia de aula antes do recesso de julho, todos os estudantes devem estar com as peças em mãos.

A diretora da escola, Joana D’arc Moreira, ficou emocionada ao ver que houve reformulação na estrutura da escola e mais ainda por saber que os uniformes vão beneficiar novamente as famílias da região. “Quero agradecer a Prefeitura de Contagem por ter olhado para a nossa escola. Ela ficou linda após a revitalização. A nossa comunidade só tem elogiado e ficamos felizes pelo resultado final”, destaca.

A escola recebeu reformulação do diagrama de cobertura com troca das telhas de amianto para telhas termoacústicas, melhorando o conforto térmico, acústico e a luminosidade; substituição dos pisos do pátio, refeitório, corredores de acesso às salas de aula e biblioteca; novos reservatórios, possibilitando o acesso para as manutenções necessárias; substituição das lâmpadas fluorescentes por lâmpadas de LED; rede de drenagem; substituição de rufos, calhas, chapins; e a pintura de todo o prédio.

A secretária municipal de Educação, Sueli Baliza, encerrou com uma saudação aos serviços prestados em favor da escolas nesses últimos meses e destacou também a entrega dos uniformes em todas as escolas do município. “O investimento foi válido e estamos colhendo os frutos. Tudo o que endossa em prol da educação, a Prefeitura está a par de tudo”, finalizou.

Fundada há 28 anos, a escola atende mais de 900 alunos do Ensino Fundamental I e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), na Regional Sede. A obra foi executada pela Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos (Semobs), para atender uma reivindicação antiga da comunidade escolar.

Reportagem: Leonardo Melo
Foto: Geraldo Tadeu
Publicação: 10/07/2019

Estudantes da E. M. Profª Lígia Magalhães aprendem a arte do grafite e expõem trabalhos

Projeto Fábrica de Graffiti promoveu oficinas com estudantes e o resultado pode ser conferido na edição deste mês do Tudoaver.

Mais de 80 alunos da Escola Municipal Professora Lígia Magalhães, na Regional Industrial, participaram do Projeto Fábrica de Graffiti, promovido pela Belgo Bekaert Arames, viabilizado pela Lei de Incentivo Federal à Cultura e produzido pela POMME. Durante os meses de maio e junho, eles tiveram oficinas de grafite e o resultado do trabalho pode ser conferido hoje no muro da própria escola e também nas diversas telas em exposição no Centro Cultural de Contagem.

Segundo a diretora do Ensino Fundamental da Secretaria Municipal de Educação (Seduc), Cristiana Chaves, as oficinas de grafite possibilitam a manifestação artística dos estudantes e comunidade escolar, ao revelar e valorizar os seus conhecimentos, realidades, visão de mundo. “A divulgação desses trabalhos nos espaços da escola e em outros, inclusive em muros, estimula o diálogo entre escola e cidade, valorizando a expressão artística diariamente”, afirmou.

O estudante do 9º ano da E. M. Professora Lígia Magalhães, Andrey Eduardo Nascimento da Cunha, pintou uma tela na oficina que está em exposição no Centro Cultural. Ele se sentiu valorizado ao ter sua arte contemplada dessa maneira. “Antes eu não tinha muita paciência para desenhar ou pintar. Depois das oficinas, minha opinião mudou. Achei bem bacana e foi muito importante ter esse trabalho divulgado. Minha família ficou orgulhosa.”, disse.

Para a diretora da unidade escolar Luciana Reis Jimenez Arriaga foi muito edificante os estudantes terem uma nova forma de expressar seus sentimentos por meio da arte. “Além do lado artístico, podemos reforçar o sentimento de pertencimento desses alunos à escola ao grafitar o muro e dar mais vida ao espaço. Foi excelente ter as telas deles expostas também. As oficinas contribuíram para a formação humana, estimularam a concentração e a valorização do próximo”, afirmou.

Projeto Tudoaver

A Exposição Fábrica de Graffiti faz parte do Projeto Tudoaver, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura, Esportes e Juventude, neste mês de julho. A exposição estará no Centro Cultural de Contagem até o dia 31 de julho. É aberta à visitação de segunda a sexta, das 8h às 17h, e as escolas também podem agendar visitas pelo telefone: 3352-5347.

Na exposição, são apresentadas telas construídas de maneira coletiva e individual, capazes de expressar a identidade e realidade do cotidiano dos jovens da Escola Municipal Professora Lígia Magalhães, por meio de pintura, serigrafia, estêncil e lambe-lambe.

O Centro Cultural de Contagem fica na Rua Dr. Cassiano, 102, Centro.

Maior mural de Grafite de Minas

O Projeto Fábrica de Graffiti também contou com o lançamento do maior mural de grafite de Minas Gerais. O trabalho foi feito ao longo de maio e junho, com a participação de mais de 40 artistas, e trouxe mais vida e cores nos arredores da Rua Dr. José Américo Cansado e avenidas General David Sarnoff, Babita Camargos, Cardeal Eugênio Pacelli, nos muros da Belgo Bekaert Arames.

Reportagem: Vanessa Trotta
Foto: Ronaldo Leandro
Publicação: 09/07/2019

Seduc realiza formação com professores sobre práticas de ações voltadas para a superação do racismo

Ao todo 350 professores da Educação Básica estiveram na UNA Contagem.

A Secretaria Municipal de Educação (Seduc), por meio da direção da Educação das Relações Étnico-raciais, Direitos Humanos e Cidadania, finalizou a formação do primeiro semestre para professores da Educação Básica, que havia se iniciado em março deste ano. Cerca de 350 participantes vivenciaram disciplinas para a construção de práticas pedagógicas no Centro Universitário UNA de Contagem.

Segundo a diretora de Educação das Relações Étnico-raciais, Direitos Humanos e Cidadania, Rosângela da Silva, o curso possui uma parte introdutória que busca refletir sobre os elementos históricos da construção do racismo no Brasil e outra parte voltada para a construção de práticas pedagógicas que incluam no currículo escolar de forma cotidiana a educação das relações étnico-raciais. “O curso é vital para a implementação de ações voltadas para a superação do racismo no ambiente escolar e o cumprimento no disposto da legislação. Além disso o curso contribui para maior assertividade junto ao Plano de Desenvolvimento da Aprendizagem”, destaca Rosângela.

As aulas fazem parte da rede de formação da Seduc e atenderá aos profissionais da rede ao longo do ano, no período de março a dezembro. Vai abranger todas as modalidades da Educação Básica e tem por objetivo subsidiar os profissionais em educação, na construção de estratégias para a implementação de ações voltadas para a educação das relações étnico-raciais e superação do racismo, conforme disposto nas leis 10.639/2003 e 11.645/2008.

O curso teve duração de quatro módulos e contou com a presença de vários nomes que contribuíram com a formação. Entre eles, a escritora Rosa Margarida Carvalho que ministrou aulas para as (os) pedagogas (os) da rede. Neste, a abordagem buscou contribuir para reflexões e elaboração de práticas pedagógicas voltadas para a educação. “O curso foi bom para a interlocução com a escola pois abordamos as questões étnico-raciais em que acreditamos como reflexão para com os professores. Ouvimos relatos que chamaram a nossa atenção e levamos o referencial pedagógico para abordagens dentro daquilo que acreditamos como diversidade”, finalizou Rosa.

Reportagem: Leonardo Melo
Foto: Divulgação
Publicação: 27/06/2019

Pró-Escola vai investir R$ 10 milhões na reforma de unidades municipais de ensino

Programa lançado pela Secretaria de Educação inclui intervenções de grande porte, que serão iniciadas neste mês de junho.

Desde o início de 2017, cerca de 50 escolas da Rede Municipal de Ensino de Contagem foram contempladas com algum tipo de reforma pontual. Agora, as instituições passarão por revitalizações de grande porte. Serão investidos R$ 10 milhões por meio do Programa Pró-Escola, lançado pela Secretaria Municipal de Educação. A necessidade das obras foi avaliada pelos diretores escolares e cada unidade apontou até cinco intervenções para melhoria da estrutura do prédio.

Das 115 unidades da Rede Municipal, 100 fizeram as solicitações de reforma. As prioridades foram definidas pelos dirigentes escolares. Cada diretor teve autonomia para baixar um formulário disponível no portal da Secretaria de Educação (Estuda Contagem) e elencar as obras necessárias na instituição de ensino. Além de pinturas, serão feitas reformas de telhados, rede de esgoto, banheiros, salas de aula, muros e quadras poliesportivas, dentre outras.

A previsão é a de que as intervenções sejam concluídas em todas as escolas contempladas até o final de 2020. O investimento foi aprovado pela Câmara Orçamentária de Administração Financeira (Coaf). Serão aplicados recursos arrecadados com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e outras fontes do Município. “Estou feliz em ofertar melhores condições para toda a Rede Municipal de Ensino. Sabemos que com um prédio escolar mais digno teremos a condição de melhor investir na formação dos nossos estudantes e também valorizar o servidor”, explica o prefeito Alex de Freitas.

O lançamento do Pró-Escola foi na última quinta-feira (6 de junho) na Escola Municipal Rita Carmelinda Rocha, no bairro São Joaquim, Regional Ressaca, que será contemplada. “Desde que cheguei nesta escola, há sete anos, nunca foi feita uma reforma satisfatória para toda a comunidade escolar. Escolhi melhorias na rede de esgoto, que é antigo, além da pintura completa, a mudança do local de entrada e saída dos estudantes, pois estamos em uma área de trânsito intenso, e a troca do telhado. As mudanças trarão mais conforto aos estudantes e corpo docente”, afirma o diretor da escola, Luiz Ricardo Souza.

Além das escolas municipais, serão feitas reformas nas Unidades Municipais de Educação Infantil (Umeis) e Centros de Educação Infantil (Educartes). “Nós entendemos que o rendimento escolar tem uma relação muito direta com o ambiente revitalizado. Isso faz com que a comunidade escolar sinta-se mais participativa. Estamos lançando o Programa Pró-Escola para que todas as nossas unidades estejam compatíveis com a nossa proposta curricular e pedagógica”, ressalta a secretária Municipal de Educação, Sueli Baliza.

As escolas que solicitaram pintura receberão a ordem de serviço nesta sexta-feira (7). Nas demais, as intervenções serão iniciadas ao longo do mês de junho, após licitação e liberação de recurso por meio do Caixa Escolar. A grande adesão ao Pró-Escola, pelos servidores, estudantes e toda a comunidade escolar, se deve à justiça de distribuição de recursos.

Reportagem: Leonardo Melo
Fotos: Geraldo Tadeu
Publicação: 07/06/2019

Professores, articuladores, oficineiros e coordenadores de Educartes participam de formação

No módulo atual, estão sendo tratadas as práticas educativas com foco no planejamento na educação integral.

A terceira formação da Superintendência de Educação Integral no ano de 2019 foi realizada na manhã da sexta-feira (24), na Faculdade UNA Contagem. O encontro contou com a participação de professores, articuladores, oficineiros, coordenadores de Educartes e instituições conveniadas.

“Ofertamos um conteúdo rico em informação para os participantes, abordando temas que possam agregar nos seus desafios diários com a Educação”, destaca o assessor educacional Gustavo Henrique da Costa.

As formações são promovidas mensalmente e divididas em módulos. No módulo atual, estão sendo tratadas as práticas educativas com foco no planejamento na educação integral.

A coordenadora da Associação Crescer, Patrícia Lemos de Oliveira, ressaltou a importância em se capacitar nas formações oferecidas. “A formação é importante pelo fato de nos preparar para lidar no dia a dia com os estudantes. Estamos mais capacitados a ofertar um melhor conteúdo e também a selecionar as demandas que surgem”, observa.

Reportagem: Nelson Augusto
Foto: Geraldo Tadeu
Publicação: 17/05/2019

Roda de Conversa “Contagem de Afetos” chega à regional Sede

Objetivo da iniciativa é ouvir demandas de familiares de alunos com deficiência da Rede Municipal de Ensino.

Mary Jane Iorque Silva fará seis anos em junho. O avô da menina, Ormando Arnaldo, conta que ela enfrentou uma meningite aos três meses de idade e que chegou a entrar em coma. “Os médicos disseram que as sequelas da doença fariam com que ela não enxergasse e não conseguisse mexer as pernas. Um médico chegou a dizer que ela tinha apenas 1% de chance de sobreviver”, relata.

Mas a menina venceu: hoje, Mary Jane é aluna da Rede Municipal de Contagem e foi uma das crianças que estiveram presentes, acompanhadas por familiares, da “Roda de Conversa: Contagem de Afetos” da regional Sede. O encontro ocorreu na quarta-feira (22), na bonita e acolhedora Escola Municipal Eli Horta Costa.

Representantes da Secretaria Municipal de Educação (Seduc), do Conselho Tutelar, da regional Sede, do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, professores da Rede Municipal e do Atendimento Educacional Especializado (AEE), pais e familiares de alunos com deficiência estiveram presentes, num total de cerca de 70 pessoas.

No ambiente da reunião, cuidadosamente preparado, livros produzidos por alunos com autismo da Escola Municipal Eli Horta Costa estiveram em exposição. E enquanto a reunião corria, as crianças puderam participar de uma oficina de arte, conduzida por educadores, em outro ambiente.

Esse foi o segundo de uma série de oito encontros com familiares de alunos com alguma deficiência das escolas municipais das oito regionais administrativas do município que está sendo promovida pela Seduc. O objetivo da iniciativa é fazer uma roda de conversa com essas famílias, ouvir suas demandas em relação às escolas e sensibilizá-las sobre a importância da participação dos familiares na vida escolar de seus filhos. Na oportunidade, também é feita uma escuta das demandas dessas famílias em relação a outras políticas do município, como direitos humanos e cidadania, educação, saúde e assistência social.

A regional possui 14 escolas municipais e seis salas de recurso multifuncional, nas quais funcionam o Atendimento Educacional Especializado (AEE). Os profissionais do AEE fazem a interlocução com os professores da Rede Municipal e auxiliam nos processos inclusivos e no desenvolvimento das capacidades dos alunos atendidos. Mas, para que todos os pequenos grandes avanços possam ocorrer, é fundamental a participação das famílias. Afinal, as pessoas precisam se sentir acolhidas no ambiente familiar e fora dele.

A legislação relativa a alunos com deficiência é pautada pela tônica da inclusão. A Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2005, institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Em seu capítulo IV, que trata sobre o direito à educação, no art. 27, a legislação institui que a educação constitui-se como direito da pessoa com deficiência e assegura que o sistema educacional inclusivo precisa se dar em todos os níveis, ao longo da vida toda, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem. Ou seja, o sistema educacional como um todo (público e privado) deve ser inclusivo em todos os seus níveis e modalidades.

“A lei fala de inclusão, mas não basta matricular: todos os alunos têm que participar de todos os projetos da escola. Isso sim é inclusão de verdade! Nós fazemos aquilo em que acreditamos. Todos os dias, eu escuto familiares dizendo o quanto é bom seus filhos frequentarem a escola, que eles estão muito felizes. Quando ouço esses relatos, percebo que estamos no caminho certo. E o trabalho que a Ludmilla (Ludmilla Skrepchuck, superintendente de Projetos Especiais e Parcerias da Seduc) vem fazendo é essencial para isso. Essa parceria com a Seduc é que garante esse trabalho”, assevera Márcia Rocha, diretora da Escola Municipal Eli Horta Costa.

Ainda em relação ao capítulo IV da Lei nº 13.146, a legislação institui que deve haver articulação intersetorial na implementação de políticas públicas. “Algumas questões ultrapassam os muros da escola, e é preciso contar com o apoio de outras políticas para que o atendimento integral dessas crianças seja garantido. Por isso, é preciso que exista uma rede de parceiros relacionados a outras políticas do município, como direitos humanos e cidadania, educação, saúde e assistência social. Acreditamos que o atendimento aos estudantes com deficiência deve ser um atendimento integral, que requer, portanto, ações intersetoriais”, afirma a superintendente de Projetos Especiais e Parcerias da Seduc, Ludmilla Skrepchuck.

Rede assistencial acessível a pessoas portadoras de deficiência

Waleson Penteado, conhecido como “Pretim”, superintendente de Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, explica que existem várias iniciativas no município que podem ser acessadas por pessoas com alguma deficiência.

Confira algumas delas:

– CER IV: o Centro Especializado em Reabilitação – CER IV e Oficina Ortopédica oferece assistência em quatro tipos de reabilitação: física, visual, intelectual e auditiva. O acesso aos serviços do CER IV é feito a partir das Unidades Básicas de Saúde (UBS), porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). As UBSs acolhem as demandas e realizam os encaminhamentos ao Setor de Reabilitação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

– Programa Sem Limites: o objetivo do programa é oferecer serviço de transporte suplementar às pessoas com deficiência física, com alto grau de comprometimento ou impossibilitadas de utilizar veículos do sistema de transporte público convencional no município. O acesso ao programa pode ser feito pelas UBSs e também pelos Centros de Referência de Assistência Social (Cras).

– Central de Libras de Contagem: a central oferece, junto à Associação dos Surdos de Contagem (ASC), intérprete gratuitamente, para que pessoas com surdez possam acessar ambientes como agências bancárias, consultas médicas, delegacia, fórum e juizados especiais. Os contatos podem ser feitos pelo telefone 99715-8775.

Reportagem: Carolina Brauer
Foto: Ronaldo Leandro
Publicação: 24/05/2019

20 de maio: Dia do Pedagogo

A Secretaria Municipal de Educação e a Fundação de Ensino de Contagem (Funec) parabenizam nesta data todos os profissionais de Pedagogia. A vocês nosso carinho e nossa gratidão.

Secretaria de Educação promove I Encontro Família e Escola para estudantes surdos

Objetivo foi sensibilizar alunos, familiares e profissionais quanto à importância do Atendimento Educacional Especializado (AEE).

“Boa noite a todos. Meu nome é Deison e sou presidente da Associação dos Surdos de Contagem. Um abraço a todos. Obrigado”, disse Deison Andrade, presidente da ASContagem, ao compor a mesa de abertura do I Encontro Família Escola, evento voltado à integração entre estudantes surdos do município, suas famílias e profissionais que prestam atendimento a eles na Rede Municipal de Educação. Deison é surdo e se comunicou com o público por meio da Libras, a Língua Brasileira de Sinais, tendo sua fala traduzida simultaneamente para o Português pela intérprete Mércia Anita Lacerda.

O primeiro encontro de familiares de estudantes surdos e profissionais da rede ocorreu na quinta-feira (11), no auditório da Escola Municipal Heitor Villa-Lobos, com a presença de cerca de 50 pessoas. O objetivo foi sensibilizá-los quanto à importância de os alunos com deficiência auditiva frequentarem o Atendimento Educacional Especializado (AEE) para o apoio ao processo de alfabetização em Libras. Na oportunidade, foi apresentada a política educacional para atendimento especializado do município – a apresentação, como não podia deixar de ser, foi bilíngue, feita em Libras e em Português.

Além da presença de Deison Andrade, a mesa do evento contou com a superintendente de Projetos Especiais e Parcerias da Secretaria Municipal de Educação (Seduc), Ludmilla Skrepchuk Soares, a assessora de Educação Inclusiva na Seduc, Francimara das Graças Batista, e também com representantes de entidades parceiras: Lions Clube de Contagem, representado por sua vice-presidente, Cleuza Rodrigues de Souza Vieira Dias, e Sociedade Cultural e Religiosa, representada pelo seu presidente, Daniel Juvêncio Soares dos Santos.

Trinta salas multifuncionais voltadas à educação no contraturno escolar

O município dispõe de 30 salas de recurso multifuncional, distribuídas em todas as oito regionais, nas quais o AEE, uma política pública de serviço complementar educacional, oferta atendimento para todos os estudantes com deficiência física, motora, visual, auditiva, intelectual e ainda para estudantes com autismo e síndromes diversas.

Para os surdos, a Rede Municipal de Educação disponibiliza profissionais de apoio específicos, os intérpretes e instrutores de Libras, que diariamente acompanham os estudantes surdos nas escolas e, no contraturno, no AEE. A Rede Municipal de Educação conta com 16 instrutores e 24 intérpretes em Libras, para que os estudantes surdos possam ser alfabetizados nas duas línguas.

“Se o estudante frequenta a escola regular no turno da manhã, tem direito a uma vaga no AEE à tarde, e vice-versa. São 30 salas de recurso multifuncional, e a gente consegue cobrir 100% da rede”, esclarece a superintendente Ludmilla Soares. De acordo com ela, atualmente há 1.600 estudantes com alguma deficiência matriculados em escolas municipais e, entre esses, existem 40 estudantes surdos, desde a Educação Infantil até a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Todos os alunos surdos são atendidos individualmente.

“É feito um investimento grande da Prefeitura de Contagem nesse atendimento especializado. Pela especificidade dos estudantes surdos, nós organizamos esse encontro com as famílias, para sensibilizá-las principalmente em relação à importância de acessarem o serviço educacional especializado, que é o AEE, a sala de recursos multifuncional, um serviço complementar oferecido no contraturno escolar. Nem todos os 40 estudantes surdos da rede estão matriculados no AEE (contraturno), e estamos tentando sensibilizar as famílias para que matriculem seus filhos no AEE. Hoje, temos cerca de 40% dos estudantes no atendimento complementar, e a nossa meta é chegar a 100%”, afirma a superintendente.

Ana Carolina Maria de Oliveira, moradora da regional Sede, é mãe de Alercia, que tem problemas auditivos. Ela conta que a filha, hoje com quatro anos, teve a deficiência auditiva detectada desde seus primeiros dias de vida. “Minha filha estuda na Umei (Unidade Municipal de Educação Infantil) Central Park e conta o auxílio de uma tradutora e uma intérprete. Ela também frequenta o AEE no contraturno escolar, e isso faz toda a diferença no desenvolvimento dela”, atesta Ana Carolina de Oliveira.

Para os surdos, a primeira língua é a de sinais

A assessora de Educação Inclusiva da Seduc, Francimara das Graças Batista, explica que a primeira língua de pessoas com deficiência auditiva não é o Português, e sim a Libras. “O objetivo desse encontro é a sensibilização dos familiares dos estudantes surdos e dos profissionais que trabalham com eles quanto à importância de terem acesso à Língua Brasileira de Sinais, chamada de “L1”, concomitantemente ao processo de alfabetização na Língua Portuguesa, a “L2”. Acessar o AEE faz a diferença na formação cidadã desses alunos”, assegura a assessora de Educação Inclusiva.

Professora no AEE, Séfora Cristina dos Santos lembra que é preciso ter paciência com as pessoas com deficiência auditiva no processo de alfabetização: “O Português que a gente trabalha com os surdos é o Português escrito, então é um pouco mais complicado, porque é como se ele aprendesse uma segunda língua. Esse aprendizado não acontece de um dia para outro”.

A intérprete de Libras Mércia Anita Lacerda, por sua vez, reforça que não é tão difícil estabelecer comunicação com pessoas com surdez, desde que exista boa vontade. “É muito fácil a pessoa se comunicar com um surdo. Às vezes, a pessoa está precisando de ajuda, querendo saber uma informação, e a outra pessoa já fica com aquele susto, sem saber como proceder. Mas muitos surdos fazem leitura labial. Então, se a pessoa se atentar em falar devagar, a própria expressão facial já diz alguma coisa, e o surdo consegue compreender, ler essa expressão facial”, explica Mércia Lacerda.

Reportagem: Carolina Brauer
Foto: Elias Ramos
Publicação: 16/04/2019