Vacina, considerada segura e eficaz, seguirá sendo aplicada somente nos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde
A vacinação contra a gripe de 2018 foi prorrogada novamente e seguirá até o dia 22 de junho. Em Contagem, 49 salas de vacina funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30 (clique aqui para ver os endereços). A meta da cobertura vacinal é de 90% do público-alvo, que em 2018 corresponde a um total de 122.128 pessoas no município. A vacinação seguirá sendo feita apenas nos grupos de pessoas determinados pelo Ministério da Saúde (MS), uma vez que, até aqui, somente o grupo dos idosos, com cobertura vacinal de 91,33%, atingiu a meta preconizada pelo MS. Em 2018, ao todo, 91.411 doses já foram aplicadas em Contagem, quantitativo que representa 74,85% de cobertura vacinal total.
A atualização de informações feita no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI) do MS até hoje, sexta-feira (15/6), mostra que o grupo prioritário formado por crianças de zero a menos de cinco anos é o público que apresenta menor cobertura vacinal (55,46%), seguido pelo grupo das gestantes (57,58%). No ano passado, os grupos prioritários de crianças e gestantes também foram os que apresentaram menos cobertura vacinal. “Pais e familiares devem estar atentos e encaminhar crianças compreendidas na faixa etária e as mulheres grávidas para tomar a vacina”, reforça a assessora da Central de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Fernanda Elisa Ferreira de Almeida.
A Campanha deste ano teve início em 23 de abril. Em todo o país, segundo informações do MS, 11,8 milhões de pessoas do público-alvo ainda não se vacinaram. No total, 42,6 milhões de doses da vacina foram aplicadas. A meta do MS é vacinar 54,4 milhões de pessoas no país todo. Ainda de acordo com o MS, os casos e mortes por Influenza mais que dobraram em relação ao mesmo período do ano passado: neste ano, já foram registrados 2.715 casos de Influenza, mais que o dobro do mesmo período do ano passado (1.227). O MS informa também que as mortes em decorrência da doença também dobraram: já são 446 óbitos em 2018, ante 204 registrados em 2017.
Vacina é segura
A vacina é uma das medidas mais efetivas para a prevenção da gripe e é considerada segura e eficaz. O vírus usado nesta vacina é inativado, portanto, não é possível contrair a gripe por causa do imunizante contra a Influenza. O MS ressalta também que, em geral, as reações adversas provocadas pelo imunizante são leves, como dor e sensibilidade no local da injeção. Pessoas que têm alergia severa a ovo devem procurar um médico para obter orientações antes de se vacinar.
Além disso, a vacinação reduz hospitalizações e a mortalidade causadas pela Influenza. Conforme o MS, estudos demonstram que a vacina pode reduzir de 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da Influenza.
Contudo, lembra o MS, hábitos diários de higiene também são fundamentais para prevenir a gripe. Veja as dicas para a prevenção contra a Influenza que deve ser feita para além da proteção vacinal:
– Lavar e higienizar as mãos com frequência;
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
– Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
– Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
– Manter os ambientes bem ventilados;
– Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe.
Documentos necessários
Para se imunizar, a pessoa deve apresentar um documento oficial e o cartão de vacinação. “Aos profissionais da saúde e professores, vale lembrar que é preciso apresentar comprovação. Doentes crônicos também devem apresentar o relatório médico especificando o motivo da indicação da vacina”, esclarece Fernanda.
Público-alvo
A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). São priorizados os públicos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. Os grupos prioritários desta campanha são pessoas a partir de 60 anos, crianças de seis meses a menores de cinco anos (4 anos, 11 meses e 29 dias), trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), portadores de doenças crônicas não-transmissíveis, pessoas privadas de liberdade, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas e os funcionários do sistema prisional.
Repórter: Carolina Brauer
Data: 15/06/2018